Iniciei minha profissão como psicóloga trabalhando com crianças e adolescentes e, ao longo dos anos, tenho percebido como os desafios enfrentados por essa geração têm se intensificado. Cada vez mais, pré-adolescentes e adolescentes lidam com conflitos relacionados à aparência, à aceitação pelos colegas, às questões de identidade e sexualidade, à influência das redes sociais e às cobranças da família e da escola.
Além disso, um aspecto preocupante é o aumento da dependência química precoce, muitas vezes associada ao desejo de pertencimento ou à busca por alívio emocional. O uso abusivo de álcool e outras substâncias tem surgido cada vez mais cedo, trazendo consequências sérias para o desenvolvimento emocional e cognitivo desses jovens.
Outro fator que impacta significativamente essa faixa etária é o uso excessivo de celulares e computadores. A hiperconectividade pode levar à ansiedade, ao isolamento social e a dificuldades na regulação emocional, além de afetar diretamente o sono e o rendimento escolar. A exposição constante a conteúdos irreais e filtros de perfeição nas redes sociais também contribui para sentimentos de inadequação e baixa autoestima.
Diante desses desafios, a figura do psicólogo se torna essencial. Nosso papel vai além da escuta: buscamos oferecer acolhimento, orientação e estratégias para que esses jovens desenvolvam recursos emocionais saudáveis. Trabalhamos para ajudá-los a compreender suas emoções, enfrentar suas angústias e encontrar caminhos mais equilibrados para lidar com as pressões do mundo atual.
Se você é pai, mãe ou educador, não hesite em buscar apoio profissional. A saúde mental dos nossos jovens merece atenção e cuidado!